26.12.08

O Caso Poltergeist dos Bell (Parte I)

Entre os anos 1817 e 1821, John Bell e sua família foram vítimas de uma poderosa entidade que desde então foi chamada "A Bruxa (ou Espírito) dos Bell." Os fenômenos tiveram lugar principalmente na casa dos Bells, em Tenessee (USA), mas também tiveram lugar fenômenos psi a longa distância, de extraordinário interesse. O caso é talvez único na história dos fenômenos psíquicos. Voz direta, capaz de imitar a oratória de várias pessoas, aportes (incluído o veneno que eventualmente matou a John Bell), surras com e sem paus ou outros objetos, uma força que paralisou a quatro cavalos poderosos, clarividência e telepatia a curta e longa distância, são só uns poucos dos fenômenos produzidos por uma entidade desencarnada sem que tivesse um médium conhecido presente. O autor considera um grande erro gastar enormes somas de dinheiro em projetos científicos em física, química e biologia, com os quais tratam de resolver problemas materiais de nosso mundo, e quase nada em estudos parapsicológicos que podem ajudar a compreender a natureza do homem e sua possível sobrevivência depois da morte.
O caso da bruxa, ou Espírito dos Bell de Tennessee é de extraordinário interesse para quem se interessa em efeitos físicos inexplicáveis, sejam eles causados por intermédio da mediunidade, ou poltergeist, ou em experimentos de tipo "sessão."

Não é minha intenção escrever um estudo exaustivo deste caso, senão simplesmente analisar o que sucedeu em Robertson County, Tennessee, entre John Bell, sua família e uma entidade poderosa conhecida como a Bruxa ou Espírito dos Bell. Os fenômenos tiveram lugar nos anos 1817 e 1821, num espaço regular anunciado pelo Espírito, sete anos depois, em março de 1828.
A Bruxa-Espírito possuía qualidades humanas em seus sentimentos. Tinha um ódio profundo por John Bell, que acabou por morrer, provavelmente como resultado das ações da Bruxa. Interferiu no casamento de Betsy (a filha de John) com Joshua Gardner. Ao mesmo tempo, a Bruxa expressou grande carinho, amor e respeito pela senhora de John Bell, Lucy, a quem o Espírito sempre chamou Luz. As razões pelas quais o Espírito odiava a John Bell e sua oposição pelo casamento de Betsy com Joshua nunca se souberam. Seu amor e afeto a Luz eram talvez, mais fáceis de entender, porquanto Lucy nunca antagonizou ao Espírito e sempre falou com ela amavelmente e de bom coração. No entanto, parecia ter um reconhecimento por parte do Espírito de uma alma mais desenvolvida no corpo de Lucy.

O Espírito disse a verdade em todos os casos. Sempre disse que ia castigar e matar a John Bell, e que ninguém seria capaz de evitá-lo. Disse que Betsy teria que abandonar a idéia de casar-se com Joshua Gardner ou sofrer as conseqüências. Betsy se convenceu finalmente que este era o melhor caminho. O Espírito foi sempre consistente em seu amor e atendimentos para com Luz, em seu respeito por certos membros da familiar e em sua falta de respeito por aqueles que pretenderam saber como livrar-se dela e a quem castigou e aterrorizou até que escaparam da casa dos Bell.

Os acontecimentos começaram entre doze e quinze anos depois que os Bell chegaram a Tennessee. A família estava bem estabelecida e gozando da feliz vida do campo na época. Dois dos filhos, Drewry e Betsy, viram "estranhas criaturas das quais não puderam dar explicação." Seguindo estas aparições, Betsy viu o que pensou ser uma mulher caminhando ao redor da via. A aparição desapareceu depois que Betsy lhe falou. Cedo a família começou a escutar estranhos ruídos na casa como se alguém golpeasse nas portas e janelas, também como asas batendo contra os telhados. A causa dos ruídos não pôde ser encontrada.

Os ruídos se fizeram mais fortes na casa. "Os sons nos dormitórios pareciam como se as camas fossem separadas de repente e violentamente, ao qual se agregavam os rosnados de cachorros brigando enquanto estavam acorrentados juntos, fazendo um ruído ensurdecedor e excitante." Os ruídos cessavam quando se acendiam as luzes. Tudo estava em ordem, os móveis intactos. Charles Bailey Bell, M.D. escreveu: "Estas leves demonstrações continuaram por um ano ou mais, crescendo até que a casa tremia como numa tormenta e os ruídos se escutavam a uma distância considerável."

Por então, John Bell desenvolveu uma doença que afetou sua língua e os músculos de suas mandíbulas, tinha dificuldade em mastigar e engolir. Ainda que estes problemas fossem atribuídos ao Espírito, eles podam ser causados pelo próprio sistema nervoso de Mr. Bell. Ele então pensou que era hora de procurar ajuda entre seus melhores amigos, quem quiçá pudessem ajudá-lo a resolver seus problemas. Um deles, James Johnston, foi chamado para passar a noite na casa. Johnston e sua esposa responderam ao chamado, Mr. Johnston, "bem conhecido por sua coragem e cristandade, leu um capítulo da Bíblia e rezou por seus amigos, depois do qual ele e sua esposa se retiraram a seu quarto, contíguo à de Betsy. Imediatamente depois, "ruídos jamais ouvidos, antes começaram piores que nunca, invadindo o quarto dos Johnston; os cobertores foram tiradas violentamente da cama, ao mesmo tempo em que risos em tom de mofa se escutavam fortemente, causando pânico no casal Johnston. Todas as perguntas e demandas de explicação ficaram sem resposta, exceto pelas ruidosas risadas."

Seguindo o conselho de Mr. Johston, um seleto número de bons amigos de Mr. Bell vieram ajudá-lo, tratando de induzir ao Espírito a que dissesse qual era o significado de sua presença e a deixar à família em paz desse momento em adiante, amigos e visitantes estiveram presentes na casa quase todo momento até que o Espírito se foi. Os fenômenos que se descrevem a seguir foram presenciados por muitas testemunhas de coragem e bem conhecidos por sua honestidade.
A seguinte passagem na narrativa do Dr. C. B. Bell persiste em minha memória e continua assombrando-me. "Depois de várias noites (depois da visita dos Johston) o Espírito começou a falar voluntariamente pela primeira vez, como em sussurros. A primeira palestra real foi uma repetição da prece e canção de Mr. Johnston durante a primeira noite em casa dos Bell. A imitação foi tão exata, tanto na repetição como no som da voz, que se disse que não se podia distinguir da voz de Mr.Johnston. Isto adiciona pelo menos dois mistérios às habilidades deste espírito, como podia recordar perfeitamente e como podia dizê-lo de maneira que não se podia distinguir da manifestação real de Mr.Johnston? O Espírito se apoderou do lar dos Bell e jogou de hóspede dos vizinhos e gente dos arredores que vinham atraídos pela crescente fama e reputação do espírito.

Assumindo um caráter piedoso, encantava-lhe falar de religião e citar as Escrituras com absoluta precisão, nenhum pastor visitante podia argumentar com sucesso com o Espírito, quem com freqüência corrigia as interpretações do significado das Escrituras, e às vezes as diferenças entre várias traduções, indicando as que pensava eram corretas. Quanto a cantar, o Espírito cantava canções que nunca tinham sido escutadas e que os presentes não esqueceram nunca. O Espírito começou a observar todos os acontecimentos que ocorriam na comunidade. "Nada podia dizer-se nem fazer-se que o Espírito não soubesse e contasse de maneira que todo mundo se inteirasse por todos os arredores. Com semelhante espionagem a comunidade se converteu rapidamente num modelo em tudo o que concerne a bons cidadãos. O Espírito podia também ler os pensamentos diabólicos de alguns visitantes dos Bell.

Para esse então vinham gentes que viajavam centenas de milhas a cavalo ou em carretas cobertas para presenciar as façanhas do Espírito. Os Bells nunca cobraram nada pela comida ou por dormir na casa, sempre que tivesse lugar. Alguns traziam carpas e se ficavam tanto quanto o fosse necessário para satisfazer sua curiosidade. Os Bells nunca cessavam de perguntar ao Espírito o que significava sua presença e que era o que realmente queria. Ao fim deu uma resposta: "Sou um Espírito, faz muito era feliz, mas fui molestado." A voz era clara e foi entendida por todos os presentes." Agregou que permaneceria ali e continuaria inquietando a John Bell, até matá-lo. John foi castigado severamente com golpes e "outros métodos físicos." Alguns dos garotos também foram castigados torcendo-lhes o cabelo, ou esbofeteados, "deixando-lhes marcas vermelhas de dedos em suas caras."

Texto de José María Feola

(Cont.)

5 comentários:

Anônimo disse...

MUITO LEGAL HISTORIAS DE TERROR
SOU FÁ DE FANTASMAS DESDE CRIANÇA

Anônimo disse...

Acho essa história fantástica, de tantas que ja ouvi essa com certeza é que mais me arrepia. Mais gostaria de perhuntar uma coisa ! Assisti ao filme chamado Maldição, baseado na história dos Bells, mais no final da-se a entender que John Bell abusou sexualmente de sua filha Betsy e que o espirito que os assombravam nada mais era do a inocência da garota que queria justiça. Será que esse foi mesmo o ocorrido ? Ninguém nunca soube o real motivo ?

BjO

Thais T.

Anônimo disse...

adorei a historia, mais vc sb q vc vai pro inverno!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

desculpa não é inverno é inferno!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11

Anônimo disse...

Concordo com a Thais, faz sentido sua versão.


Inacio